quarta-feira, 9 de abril de 2014

Amigos da Educação Infantil


Não, hoje não é um dia especial, é apenas outro dia comum. Tampouco, estamos perto do dia dos professores ou daquele mês em que todos lembram de que existe um ser que enfrenta dia a dia as ardências de ser professor em um país onde a Educação não é prioridade, afinal povo consciente é muito “perigoso”.

Mas é o dia que eu escolhi para lembrar, parabenizar e aplaudir um professor que está na base de toda a escolaridade que se seguirá. Ele será lembrado como o primeiro professor, aquele que ajudou você quando criança a confiar na escola, aquele que te ensinou, que mesmo que demore, o papai, a mamãe, a vovó ou mesma aquela tia sempre vai vim te buscar, porque te ama e te quer por perto, aquele que te contou histórias e que te ensinou músicas que você provavelmente contará e cantará à seus filhos, aquele que te ensinou tantas coisas simplesmente através da brincadeira, brincadeira no parque, na areia, com lama, aquele que te mostrou o mundo em texturas, em cores, em cheiros, aquele que foi talvez a primeira pessoa com quem você ficou, sem ser a “mamãe”. Sim, eu estou falando do professor de educação infantil.

Por isso, minhas amigas professoras, eu sei que assim como eu, vocês escolheram esta profissão, muito mais do que por paixão, mas por acreditarem que é na Educação Infantil, que temos a criança no seu estado mais importante de desenvolvimento.

Não, definitivamente Educação Infantil não é “brincadeira”, e não se faz escola de qualidade com improvisos. A escola de Educação Infantil tem que ser pensada dentro de um espaço que garanta a segurança, o cuidado e privilegie o desenvolvimento da criança de forma plena e saudável.

Portanto, é fundamental que se discuta a formação de turmas dentro de um limite de alunos por professor e de acordo com a capacidade dos espaços e que se garanta auxiliares nas escolas para apoiar as turmas com crianças pequenas. Ainda que legalmente não tenhamos amparo, o Brasil já avançou em orientações que definem como ideal a relação de crianças por adulto. Conforme a apostila do MEC de 2013 “Dúvidas mais frequentes sobre educação infantil” é indicado o seguinte parâmetro para a formação de turmas: 0 a 1 ano - 6 a 8 crianças; 2 a 3 anos – 15 crianças; 4 e 5 anos – 20 crianças.

Eu espero sinceramente que o município encontre caminhos para a solução de falta de vagas, porém garantindo o bem-estar de nossas crianças e a saúde de nossos professores.

Angela Edilaine Lemos de Campos - professora de Educação Infantil

quinta-feira, 20 de março de 2014

Relação número de alunos por professor na Educação Infantil.



     Quando o Referencial Curricular Nacional para aEducação Infantil foi publicado no ano de 1998, trouxe no corpo do seu texto, na página 72, a seguinte orientação:


       Tão importante quanto pensar nos agrupamentos por faixa etária é refletir sobre onúmero de crianças por grupos e a proporção de adulto por crianças. Quanto menores as crianças, mais desaconselhados são os grupos muito grandes, pois há uma demanda de atendimento individualizado. Até os 12 meses, é aconselhável não ter mais de 6 criançaspor adulto, sendo necessária uma ajuda nos momentos de maior demanda, como, porexemplo, em situações de alimentação. Do primeiro ao segundo ano de vida,aproximadamente, aconselha-se não mais do que 8 crianças para cada adulto, ainda comajuda em determinados momentos. A partir do momento no qual as crianças deixam asfraldas até os 3 anos, pode-se organizar grupos de 12 a 15 crianças por adulto. Quando ascrianças adquirem maior autonomia em relação aos cuidados e interagem de forma maisindependente com seus pares, entre 3 e 6 anos, é possível pensar em grupos maiores, masque não ultrapassem 25 crianças por professor.


       No documento: Parâmetros Curriculares de Qualidade na Educação Infantil de 2006  houve a seguinte indicação:


As estratégias de atendimento individualizado às crianças devem prevalecer. Por isto a definição da quantidade de crianças por adulto é muito importante, entendendo-se que no caso de bebês de 0 a 2 anos, a cada educador devem corresponder no máximo de 6 a 8 crianças. As turmas de crianças de 3 anos devem limitar-se a 15 por adulto, e as de 4 a 6 anos de 20 crianças. 



Em janeiro de 2013 o MEC publica uma cartilha sobre as: DÚVIDAS MAIS 

FREQUENTES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL, e indica que: 


O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com as crianças e suas famílias. Levando em consideração as características do espaço físico e das crianças, no caso de agrupamentos com criança da mesma faixa de idade, recomenda-se a proporção de 6 a 8 crianças por professor (no caso de crianças de zero a um ano), 15 crianças por professor (no caso de crianças de dois a três ano) e 20 crianças por professor (nos agrupamentos de crianças de quatro e cinco anos).


Acesse http://portal.mec.gov.br/index.phpption=com_content&view=article&id=247&ativo=285&Itemid=277


Portanto, ao longo dos anos pode se observar as seguintes indicações

ANO
DOCUMENTOS - MEC
RELAÇÃO DE GRUPO DE CRIANÇAS POR ADULTO

1998
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
 até 12 meses


6 CRIANÇAS (com ajudante)
1 a 2 anos


8 CRIANÇAS (com ajudante)
até 3 anos


12 a 15 CRIANÇAS
acima de 3 anos

25 CRIANÇAS
2006
Parâmetros Curriculares de Qualidade na Educação Infantil 
0 a 2 anos

6 a 8 CRIANÇAS
3 anos


15 CRIANÇAS
4 a 6 
anos

20 ANOS




2013
Dúvidas mais frequentes 
Sobre educação infantil

0 a 1 ano

6 a 8 CRIANÇAS
2 a 3 anos


15 CRIANÇAS
4 e 5 anos


20 CRIANÇAS


Enfim, mesmo com todas as indicações, nem sempre os municípios garantem turmas com o número de crianças indicado e por não se ter nenhuma lei que apoie o número máximo de alunos, não há a quem recorrer.



PROJETOS EM ANDAMENTOS QUE REGULAMENTAM O NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA.



      O vereador Toninho Vespoli apresentou na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que limita a quantidade de alunos por turma, o projeto foi apresentando no dia 26 de abril de 2013, ainda aguarda aprovação. O projeto do vereador contempla a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Mesmo sendo um projeto municipal para a cidade de São Paulo abriria caminhos a ser seguidos por outros municípios.


    
É possível assinar a petição para aprovação do projeto no site:  




O projeto do deputado Jorjinho Maluly, também apresenta propostas em todos os níveis de ensino, inclusive estabelece a relação criança- adulto na Educação Infantil.


PROPOSTAS EM TRAMITAÇÃO NO SENADO
Projeto de Lei

PLC 230 2009
Na Câmara, PL 597, 2007, do deputado Jorginho Maluly
(DEM/SP)

Proposta:

Mudança na LDB – artigos 25 e 23

 Art. 25
Fixa limite de alunos por classe, a ser implementado no prazo de três anos:

a) Creche / pré-escola:
5 crianças de até 1 ano, por adulto
8 crianças de 1 a 2 anos, por adulto
13 crianças de 2 a 3 anos, por adulto
15 crianças de 3 a 4 anos, por adulto

b) Ensino Fundamental/ensino médio
25 alunos em classes de 1º a 5º ano
35 alunos em classes de 6º a 9º ano e de ensino médio

Situação em 18/11/2013

Desde abril de 2013, encontra-se parado nas mãos
do Senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), designado relator na Comissão de Educação. Antes, já passou pela mão de dois relatores, na mesma
comissão, e não foi votado.

A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e é um substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL/SP) a partir de dois projetos de lei:
597, do deputado Jorginho Maluly (DEM/SP) e 720,
do deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG).


O projeto do Senador Humberto Costa, não deixa claro a relação adulto-criança na Educação Infantil, apenas fixa a quantidade de 25 crianças por turma, ou seja, se aprovado seria um retrocesso, já que não é possível pensar em grupos de crianças menores de 3 anos em turmas com essa quantidade de crianças.

PROPOSTAS EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Projeto de Lei

PL 4731/2012
No Senado,
PL 504/2011,
Senador Humberto
Costa (PT/PE)
Proposta:

Mudança na LDB – artigo 25
Fixa limite de alunos por classe a partir de 1º de
janeiro do ano subsequente à promulgação da lei:

a)      25 alunos, na pré-escola e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental;

b)      35 alunos, nas classes de 3º a 9º ano do Fundamental e os três anos do Ensino Médio.


No substitutivo aprovado na Comissão de Educação do Senado (16/10/2012), os limites podem ser ampliados em até 20%, desde que a sala de aula disponha de 1,5m2 por aluno na educação infantil ou 1m2
no ensino fundamental ou médio.
Situação em 18/11/2013

Aprovada pelo Senado em outubro de 2012, seguiu para análise da Câmara um mês depois.




Na minha opinião o projeto do Dep. Carlos Zaarattini é bem parecido como o projeto do Vereador  Toninho Vespolli de São Paulo. Com certeza representaria um grande avanço para a qualidade do atendimento de crianças pequenas e também para a saúde do professor de Educação Infantil, na medida que garante condições adequadas para o educador desempenhar sua função.


PROPOSTAS EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Projeto de Lei

PL 6464/2013
Dep. Carlos
Zarattini (PT-SP)
Proposta:

Mudança na LDB – artigo 31
Fixa limite de alunos por docente a partir de três
anos à promulgação
da lei:

Educação Infantil
• crianças de 0 a 1 ano (creche): classes até 6 alunos

 • crianças de 1 a 2 anos (pré-escola): classes até 7 alunos

• crianças de 2 a 3 anos (pré-escola): classes até
10 alunos

• crianças de 3 a 4 anos (pré-escola): classes até
15 alunos

• crianças de 4 a 5 anos (pré-escola): classes até
20 alunos
Situação em 18/11/2013

Apresentado em 1/10, tramita junto com o PL
4731/2012

terça-feira, 4 de março de 2014

Mordidas: E agora o que fazer?

       

          imagem http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/fase-mordidas-686656.shtml


       Quem trabalha com crianças muito pequenas, sabe que este assunto assusta pais e professores. Apesar de não ter como evitar, é muito constrangedor para o professor entregar o filho mordido aos pais. Portanto, decidi criar este tópico com o objetivo de compartilhar algumas dicas que estão disponíveis e que podem ajudar a todos a entender melhor esta situação.

Por que as crianças mordem?

         Existem algumas teorias que explicam as mordidas de diversas formas. Porém, a explicação que mais me convence é o fato de que a mordida é uma forma de expressão e comunicação utilizada pela criança que ainda não se apropriou de outras maneiras para expressar ou comunicar seus sentimentos, suas angústias, suas raivas ou seus desejos, enfim  enquanto a criança não desenvolve outras formas de comunicação e expressão ela se utiliza de meios físicos, como a mordida, para conseguir aquilo que quer, ou seja, um brinquedo, um chega pra lá, e porque não, um eu adoro você.  Aqui vale ressaltar que a mordida também é um comportamento aprendido, às vezes com a própria mãe, que morde por brincadeira, com os irmãos mais velhos e até mesmo com outros colegas da turma.


E o que fazer quando ocorre as mordidas

Evitar mordidas em turmas de crianças pequenas é quase impossível, mas garimpando a internet e pensando um pouquinho sobre a minha prática, listei algumas atitudes que podem ser feitas para amenizar não só as mordidas, mas também os problemas que as mordidas trazem.


  • em primeiro lugar é necessário manter um diálogo aberto com os pais, discutir o tema em reuniões pode ser útil, porém sem nunca citar nomes de crianças, o importante é deixar claro que isto pode ocorrer com qualquer criança, tanto morder como ser mordida. Também podem ser distribuídos textos informativos sobre o tema.


  • ensinar novas maneiras de se expressar à criança também ajudará a fazer com que ela substitua a mordida. Portanto, vale ressaltar que o desenvolvimento da linguagem trará à criança novas capacidades de expressão e comunicação.

  • o que eu percebo também na minha prática com crianças pequenas, é que quando uma criança morde, ela geralmente volta a morder, às vezes no mesmo dia, por isso, vale a pena aumentar a atenção sobre esta criança, principalmente em momentos em que podem surgir conflitos como na hora da divisão de um brinquedo.


  • enfim, eu acredito que a criança precisa saber que aquilo que ela fez não foi legal, e para isso a única forma é falando com a criança sobre a sua atitude, mostrando uma postura séria e firme.

Quem quiser saber mais informações acesse o link: 

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16025-15069,00.html




sábado, 1 de março de 2014

CASA DA BONECA: Espaço de brincar e aprender

       O brincar na Escola de Educação Infantil faz parte da rotina, e é durante este momento que aprendizagens são construídas e compartilhadas entre as crianças. Além da exploração dos aspectos físicos do brinquedo é neste momento que a criança reproduz aquilo que ela ainda não pode ser ou fazer, portanto neste momento está presente o desenvolvimento da capacidade de imaginar, de organizar sua atenção e memória. A brincadeira também permite à criança generalizar conhecimentos antes vistos em outras situações, ela aprende que bebê pode ser o seu irmãozinho, mas que a boneca também pode representar um bebê, ela aprende que pode "evocar" coisas que não estão ali, dando sentido a objetos  de diferentes maneiras, o pau da vassoura vira cavalo, o toco de madeira vira martelo e assim por diante. Por isso, é consenso que o brincar promove desenvolvimento, porém o que nós professores não podemos nos esquecer é que o brincar também é aprendido, portanto deve ser organizado, planejado e ensinado sim. Quando se joga os brinquedos no chão e deixa a criança por si só descobrir o que fazer com ele, corremos o risco de oferecer para a criança aquilo que ela já tem em casa, e é aqui que está a diferença entre o brincar em casa e o brincar na escola. O brincar na escola de educação infantil é uma ação com intencionalidade, o professor deve saber que naquele momento capacidades estarão sendo desenvolvidas e impulsionando o desenvolvimento infantil. 


 Neste espaço percebemos que os brinquedos são deixados fora de caixas e organizados de maneira que permite a visualização e a escolha das crianças.


Aqui temos um espaço pensado mais para crianças menores que precisam de ambientes e de objetos que permitam a exploração.




Portanto, fica a dica, organizar espaços planejados é fundamental para a construção de brincadeiras simbólicas. Mas organizar um espaço de brincar não é tarefa fácil, depende dos recursos de cada escola, do espaço e do comprometimento dos profissionais, por isso, deve ser sempre pensado de acordo com as possibilidades de cada escola, e como sempre para dar certo, tem que ter a participação de todos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

É tempo de (re)começar!

   Nossa!.. as férias passaram rápido...mas deu tempo de descansar, ficar com a família e até viajar, agora é hora de voltar e confesso que me sinto um pouco ansiosa com uma sensação até mesmo de medo, mas renovada, cheia de projetos e com certeza muito feliz. E é assim que devemos começar felizes e esperançosos, não deixando espaço para preguiça ou pensamentos negativos.

Boa Sorte Meus Queridos Colegas de Profissão!

Abraços pedagógicos!

E para (re)começar o ano deixo esta frase de Rubem Alves:

"Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Procurando bem todo mundo tem bagunça...só a bailarina que não tem!

      Professor de educação infantil que se prese (brincadeirinha), sempre vai encontra no seu armário tudo aquilo que precisa, ou quase tudo, desde caixinha de fósforo, botão, fitilho, palito de sorvete e por ai vai. Mas, antes de sair por ai recolhendo tudo que um dia possa ser usado é preciso botar ordem na bagunça.


  • COMECE ARRUMANDO O SEU ARMÁRIO

      Retire tudo do lugar, tire a poeira, organize os materiais em caixas transparentes ou com etiquetas, jogue tudo que não presta (canetas secas, massinhas e tintas vencidos, atividades e recados antigos).


Estes organizadores são feitos com material reciclado, as dicas podem ser acessadas no site: http://www.creatiblogs.pt/post/organizadores-de-escritorio-muy-femenino-reciclado-tetra-brick-desktop-file-organizer-recycling-fid-93905


  • ETIQUETAS PARA ORGANIZAR O MATERIAL






FONTE: https://picasaweb.google.com/109540712845274816435/BORDASPRONTAS



  • CONHEÇA OS MATERIAIS QUE JÁ TEM NA ESCOLA
       Abra os armários, olhe dentro das caixas, reveja os cd´s, dvd´s, os jogos e os livros que tem na escola,  tudo isto pode te ajudar a preparar as aulas. O importante neste momento é conhecer e lembrar dos materiais que muitas das vezes ficam escondidos nos fundos dos armários. Algumas escolas mantém listas com os títulos de livros, cds e dvd´s, é uma prática que facilita e muito a nossa vida, desde que as listas estejam atualizadas. Atualmente, com os recursos financeiros próprios na escola é possível adquirir diversos tipos de material , assim cabe ao coletivo escolar discutir e decidir quais recursos serão adquiridos, promovendo assim práticas mais coletivas e menos individuais.



Abraços Pedagógicos!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Olá, queridos amigos professores de educação infantil
É com imensa satisfação que inicio este blog, com objetivo de compartilhar informações, trocar experiências e atualizar nossos conhecimentos. Ficarei feliz também em poder contar com vocês para a construção do blog, por isso não se sintam envergonhados em compartilhar o que desejar. Este blog é dedicado aos profissionais da educação infantil, que acreditam na sua profissão como essencial para a construção da educação de qualidade no país.