Não, hoje não é um dia especial, é apenas outro dia comum. Tampouco, estamos perto do dia dos professores ou daquele mês em que todos lembram de que existe um ser que enfrenta dia a dia as ardências de ser professor em um país onde a Educação não é prioridade, afinal povo consciente é muito “perigoso”.
Mas é o dia que eu escolhi para lembrar, parabenizar e aplaudir um professor que está na base de toda a escolaridade que se seguirá. Ele será lembrado como o primeiro professor, aquele que ajudou você quando criança a confiar na escola, aquele que te ensinou, que mesmo que demore, o papai, a mamãe, a vovó ou mesma aquela tia sempre vai vim te buscar, porque te ama e te quer por perto, aquele que te contou histórias e que te ensinou músicas que você provavelmente contará e cantará à seus filhos, aquele que te ensinou tantas coisas simplesmente através da brincadeira, brincadeira no parque, na areia, com lama, aquele que te mostrou o mundo em texturas, em cores, em cheiros, aquele que foi talvez a primeira pessoa com quem você ficou, sem ser a “mamãe”. Sim, eu estou falando do professor de educação infantil. Por isso, minhas amigas professoras, eu sei que assim como eu, vocês escolheram esta profissão, muito mais do que por paixão, mas por acreditarem que é na Educação Infantil, que temos a criança no seu estado mais importante de desenvolvimento. Não, definitivamente Educação Infantil não é “brincadeira”, e não se faz escola de qualidade com improvisos. A escola de Educação Infantil tem que ser pensada dentro de um espaço que garanta a segurança, o cuidado e privilegie o desenvolvimento da criança de forma plena e saudável. Portanto, é fundamental que se discuta a formação de turmas dentro de um limite de alunos por professor e de acordo com a capacidade dos espaços e que se garanta auxiliares nas escolas para apoiar as turmas com crianças pequenas. Ainda que legalmente não tenhamos amparo, o Brasil já avançou em orientações que definem como ideal a relação de crianças por adulto. Conforme a apostila do MEC de 2013 “Dúvidas mais frequentes sobre educação infantil” é indicado o seguinte parâmetro para a formação de turmas: 0 a 1 ano - 6 a 8 crianças; 2 a 3 anos – 15 crianças; 4 e 5 anos – 20 crianças. Eu espero sinceramente que o município encontre caminhos para a solução de falta de vagas, porém garantindo o bem-estar de nossas crianças e a saúde de nossos professores. Angela Edilaine Lemos de Campos - professora de Educação Infantil | |
Blog dedicado as profissionais da educação infantil, com objetivo de compartilhar informações e experiências. Assim, comungamos a ideia de que para ser professor de educação infantil é necessário muito mais que "saber cuidar e gostar de criança", mas exige um profissional comprometido com a educação e capacitado para as suas atribuições.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Amigos da Educação Infantil
quinta-feira, 20 de março de 2014
Relação número de alunos por professor na Educação Infantil.
Quando o Referencial Curricular Nacional para aEducação Infantil foi publicado no ano de 1998, trouxe no corpo do seu texto, na página 72, a seguinte orientação:
Tão importante quanto pensar nos agrupamentos por faixa etária é refletir sobre onúmero de crianças por grupos e a proporção de adulto por crianças. Quanto menores as crianças, mais desaconselhados são os grupos muito grandes, pois há uma demanda de atendimento individualizado. Até os 12 meses, é aconselhável não ter mais de 6 criançaspor adulto, sendo necessária uma ajuda nos momentos de maior demanda, como, porexemplo, em situações de alimentação. Do primeiro ao segundo ano de vida,aproximadamente, aconselha-se não mais do que 8 crianças para cada adulto, ainda comajuda em determinados momentos. A partir do momento no qual as crianças deixam asfraldas até os 3 anos, pode-se organizar grupos de 12 a 15 crianças por adulto. Quando ascrianças adquirem maior autonomia em relação aos cuidados e interagem de forma maisindependente com seus pares, entre 3 e 6 anos, é possível pensar em grupos maiores, masque não ultrapassem 25 crianças por professor.
No documento: Parâmetros Curriculares de Qualidade na Educação Infantil de 2006 houve a seguinte indicação:
As estratégias de atendimento individualizado às crianças devem prevalecer. Por isto a definição da quantidade de crianças por adulto é muito importante, entendendo-se que no caso de bebês de 0 a 2 anos, a cada educador devem corresponder no máximo de 6 a 8 crianças. As turmas de crianças de 3 anos devem limitar-se a 15 por adulto, e as de 4 a 6 anos de 20 crianças.
Em janeiro de 2013 o MEC publica uma cartilha sobre as: DÚVIDAS MAIS
FREQUENTES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL, e indica que:
O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com as crianças e suas famílias. Levando em consideração as características do espaço físico e das crianças, no caso de agrupamentos com criança da mesma faixa de idade, recomenda-se a proporção de 6 a 8 crianças por professor (no caso de crianças de zero a um ano), 15 crianças por professor (no caso de crianças de dois a três ano) e 20 crianças por professor (nos agrupamentos de crianças de quatro e cinco anos).
Acesse http://portal.mec.gov.br/index.phpption=com_content&view=article&id=247&ativo=285&Itemid=277
Portanto, ao longo dos anos pode se observar as seguintes indicações
ANO
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DOCUMENTOS - MEC
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RELAÇÃO DE GRUPO DE CRIANÇAS POR ADULTO
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1998
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Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil
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até 12 meses
6 CRIANÇAS (com ajudante)
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1 a 2 anos
8 CRIANÇAS (com ajudante) |
até 3 anos
12 a 15 CRIANÇAS
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acima de 3 anos
25 CRIANÇAS
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2006
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Parâmetros
Curriculares de Qualidade na Educação Infantil
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0 a 2 anos
6 a 8 CRIANÇAS
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3 anos
15 CRIANÇAS |
4 a 6
anos
20 ANOS
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2013
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Dúvidas mais frequentes
Sobre educação infantil
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0 a 1 ano
6 a 8 CRIANÇAS
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2 a 3 anos
15 CRIANÇAS
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4 e 5 anos
20 CRIANÇAS
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Enfim, mesmo com todas as indicações, nem sempre os municípios garantem turmas com o número de crianças indicado e por não se ter nenhuma lei que apoie o número máximo de alunos, não há a quem recorrer.
PROJETOS EM ANDAMENTOS QUE REGULAMENTAM O NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA.
O vereador Toninho Vespoli apresentou na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que limita a quantidade de alunos por turma, o projeto foi apresentando no dia 26 de abril de 2013, ainda aguarda aprovação. O projeto do vereador contempla a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Mesmo sendo um projeto municipal para a cidade de São Paulo abriria caminhos a ser seguidos por outros municípios.
É possível assinar a petição para aprovação do projeto no site:
O projeto do deputado Jorjinho Maluly, também apresenta propostas em todos os níveis de ensino, inclusive estabelece a relação criança- adulto na Educação Infantil.
PROPOSTAS
EM TRAMITAÇÃO NO SENADO
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Projeto
de Lei
PLC 230 2009
Na Câmara, PL 597, 2007, do deputado Jorginho
Maluly
(DEM/SP)
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Proposta:
Mudança na LDB – artigos 25 e 23
Art. 25
Fixa limite de alunos por classe, a ser implementado no prazo de três
anos:
a) Creche / pré-escola:
5 crianças de até 1 ano, por adulto
8 crianças de 1 a 2 anos, por adulto
13 crianças de 2 a 3 anos, por adulto
15 crianças de 3 a 4 anos, por adulto
b) Ensino Fundamental/ensino médio
25 alunos em classes de 1º a 5º ano
35 alunos em classes de 6º a 9º ano e de ensino médio
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Situação em 18/11/2013
Desde abril de 2013, encontra-se parado nas mãos
do Senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), designado relator na
Comissão de Educação. Antes, já passou pela mão de dois relatores, na mesma
comissão, e não foi votado.
A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e é um
substitutivo do deputado Ivan Valente (PSOL/SP) a partir de dois projetos de
lei:
597, do deputado Jorginho Maluly (DEM/SP) e 720,
do deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG).
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O projeto do Senador Humberto Costa, não deixa claro a relação adulto-criança na Educação Infantil, apenas fixa a quantidade de 25 crianças por turma, ou seja, se aprovado seria um retrocesso, já que não é possível pensar em grupos de crianças menores de 3 anos em turmas com essa quantidade de crianças.
PROPOSTAS
EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Projeto
de Lei
PL 4731/2012
No Senado,
PL 504/2011,
Senador Humberto
Costa (PT/PE)
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Proposta:
Mudança na LDB – artigo 25
Fixa limite de alunos por classe a
partir de 1º de
janeiro do ano subsequente à
promulgação da lei:
a)
25 alunos, na pré-escola e 1º e 2º anos do Ensino
Fundamental;
b)
35 alunos, nas classes de 3º a 9º ano do
Fundamental e os três anos do Ensino Médio.
No substitutivo
aprovado na Comissão de Educação do Senado (16/10/2012), os limites podem ser
ampliados em até 20%, desde que a sala de aula disponha de 1,5m2 por aluno na
educação infantil ou 1m2
no ensino
fundamental ou médio.
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Situação em 18/11/2013
Aprovada pelo Senado em outubro de 2012, seguiu para análise da
Câmara um mês depois.
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Na minha opinião o projeto do Dep. Carlos Zaarattini é bem parecido como o projeto do Vereador Toninho Vespolli de São Paulo. Com certeza representaria um grande avanço para a qualidade do atendimento de crianças pequenas e também para a saúde do professor de Educação Infantil, na medida que garante condições adequadas para o educador desempenhar sua função.
PROPOSTAS
EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Projeto
de Lei
PL 6464/2013
Dep. Carlos
Zarattini (PT-SP)
|
Proposta:
Mudança na LDB – artigo 31
Fixa
limite de alunos por docente a partir de três
anos
à promulgação
da
lei:
Educação
Infantil
• crianças de 0 a 1 ano (creche):
classes até 6 alunos
• crianças de 1 a 2 anos (pré-escola): classes
até 7 alunos
•
crianças de 2 a 3 anos (pré-escola): classes até
10
alunos
•
crianças de 3 a 4 anos (pré-escola): classes até
15
alunos
•
crianças de 4 a 5 anos (pré-escola): classes até
20 alunos
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Situação em 18/11/2013
Apresentado em 1/10, tramita junto com
o PL
4731/2012
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terça-feira, 4 de março de 2014
Mordidas: E agora o que fazer?
imagem http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/fase-mordidas-686656.shtml
Por que as crianças mordem?
Existem algumas teorias que explicam as mordidas de diversas formas. Porém, a explicação que mais me convence é o fato de que a mordida é uma forma de expressão e comunicação utilizada pela criança que ainda não se apropriou de outras maneiras para expressar ou comunicar seus sentimentos, suas angústias, suas raivas ou seus desejos, enfim enquanto a criança não desenvolve outras formas de comunicação e expressão ela se utiliza de meios físicos, como a mordida, para conseguir aquilo que quer, ou seja, um brinquedo, um chega pra lá, e porque não, um eu adoro você. Aqui vale ressaltar que a mordida também é um comportamento aprendido, às vezes com a própria mãe, que morde por brincadeira, com os irmãos mais velhos e até mesmo com outros colegas da turma.
E o que fazer quando ocorre as mordidas
Evitar mordidas em turmas de crianças pequenas é quase impossível, mas garimpando a internet e pensando um pouquinho sobre a minha prática, listei algumas atitudes que podem ser feitas para amenizar não só as mordidas, mas também os problemas que as mordidas trazem.
E o que fazer quando ocorre as mordidas
Evitar mordidas em turmas de crianças pequenas é quase impossível, mas garimpando a internet e pensando um pouquinho sobre a minha prática, listei algumas atitudes que podem ser feitas para amenizar não só as mordidas, mas também os problemas que as mordidas trazem.
- em primeiro lugar é necessário manter um diálogo aberto com os pais, discutir o tema em reuniões pode ser útil, porém sem nunca citar nomes de crianças, o importante é deixar claro que isto pode ocorrer com qualquer criança, tanto morder como ser mordida. Também podem ser distribuídos textos informativos sobre o tema.
- ensinar novas maneiras de se expressar à criança também ajudará a fazer com que ela substitua a mordida. Portanto, vale ressaltar que o desenvolvimento da linguagem trará à criança novas capacidades de expressão e comunicação.
- o que eu percebo também na minha prática com crianças pequenas, é que quando uma criança morde, ela geralmente volta a morder, às vezes no mesmo dia, por isso, vale a pena aumentar a atenção sobre esta criança, principalmente em momentos em que podem surgir conflitos como na hora da divisão de um brinquedo.
- enfim, eu acredito que a criança precisa saber que aquilo que ela fez não foi legal, e para isso a única forma é falando com a criança sobre a sua atitude, mostrando uma postura séria e firme.
Quem quiser saber mais informações acesse o link:
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16025-15069,00.html
sábado, 1 de março de 2014
CASA DA BONECA: Espaço de brincar e aprender
O brincar na Escola de Educação Infantil faz parte da rotina, e é durante este momento que aprendizagens são construídas e compartilhadas entre as crianças. Além da exploração dos aspectos físicos do brinquedo é neste momento que a criança reproduz aquilo que ela ainda não pode ser ou fazer, portanto neste momento está presente o desenvolvimento da capacidade de imaginar, de organizar sua atenção e memória. A brincadeira também permite à criança generalizar conhecimentos antes vistos em outras situações, ela aprende que bebê pode ser o seu irmãozinho, mas que a boneca também pode representar um bebê, ela aprende que pode "evocar" coisas que não estão ali, dando sentido a objetos de diferentes maneiras, o pau da vassoura vira cavalo, o toco de madeira vira martelo e assim por diante. Por isso, é consenso que o brincar promove desenvolvimento, porém o que nós professores não podemos nos esquecer é que o brincar também é aprendido, portanto deve ser organizado, planejado e ensinado sim. Quando se joga os brinquedos no chão e deixa a criança por si só descobrir o que fazer com ele, corremos o risco de oferecer para a criança aquilo que ela já tem em casa, e é aqui que está a diferença entre o brincar em casa e o brincar na escola. O brincar na escola de educação infantil é uma ação com intencionalidade, o professor deve saber que naquele momento capacidades estarão sendo desenvolvidas e impulsionando o desenvolvimento infantil.
Neste espaço percebemos que os brinquedos são deixados fora de caixas e organizados de maneira que permite a visualização e a escolha das crianças.
Portanto, fica a dica, organizar espaços planejados é fundamental para a construção de brincadeiras simbólicas. Mas organizar um espaço de brincar não é tarefa fácil, depende dos recursos de cada escola, do espaço e do comprometimento dos profissionais, por isso, deve ser sempre pensado de acordo com as possibilidades de cada escola, e como sempre para dar certo, tem que ter a participação de todos!
Aqui temos um espaço pensado mais para crianças menores que precisam de ambientes e de objetos que permitam a exploração.
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